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Há alguns dias, por acaso estava pensando no poeta e compositor brasileiro Vinicius de Moraes, (Um dos maiores compositores da MPB e bossa nova e da internacionalmente famosa música"Garota de Ipanema" em parceria com Tom Jobin). Então lembrei-me do dia que eu e Sérgio, meu ex-esposo, (ver postagem de 20 de Dezembro de 2008, sobre o Natal de 1971 em Amsterdam) o conhecemos em Salvador quando voltamos da Europa em 1973. Estávamos visitando nossos familiares e amigos na Bahia e como tínhamos muitos amigos do meio artístico, fomos visitar uma antiga amiga da época que eu fazia teatro. Justo calhou que nada mais, nada menos que Vinicius de Moraes estava hospedado em sua casa. Ela nos contou logo no início da visita sobre o seu ilustre hóspede, e ficamos animados com a idéia de conhecê-lo. Ficamos puxando papo e alongando a visita ao máximo, muito à contra-gosto da nossa anfitriã, pois quando lhe contamos que já não estávamos mais envolvidos com teatro, mas agora éramos parte de um grupo cristão, ela ficou preocupadíssima em nos ter em sua casa, quando Vinicius chegasse para o jantar (ha ha ha!). Bem, encurtando a história, ele chegou mas cêdo que o previsto, (graças à providência Divina!) e quando fomos apresentados, imediatamente simpatizou conosco e foi como se já nos conhecessemos por muito tempo, houve uma empatia instantânea! Começamos a conversar e lhe contamos sobre nossas aventuras na Europa, e nossa conversão! Ele ficou maravilhado e nos convidou para jantar com eles (diga-se de passagem, ele estava acompanhado de uma linda mulata baiana, a atriz Gessi Gesse, com que estava vivendo na época!). Passamos várias agradáveis horas conversando e aquele homem de alma sensível e romântica ficou apaixonado por nós e nossa história e não nos deixava parar de falar, o tempo todo dizendo "conta mais!" . No final, ele concordou de todo coração em fazer uma sincera oração conosco, recebendo Jesus no seu coração! Foi uma linda e inesquecível experiência! Nunca mais nos encontramos ou tivemos algum contato. Mas, aquele encontro tão providencial nos faz crer que Vinicius está no Céu, curtindo lindos poemas celestiais com Deus, Jesus, seus amigos e familiares, os anjos e as lindas mulheres que ele tanto amava. Só alegria, Vinicius! Viva Vinicius de Moraes! Um dia teremos muito papo prá botar em dia!
Biografia:
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Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes[1] (Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) foi um diplomata, jornalista, poeta e compositor brasileiro.
Poeta essencialmente lírico, o poetinha (como ficou conhecido) notabilizou-se pelos seus sonetos, forma poética que se tornou quase associada ao seu nome. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do uísque, era também conhecido por ser um grande conquistador. O poetinha casou-se por nove vezes ao longo de sua vida.
Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, o poetinha teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra. (Wikipedia)
Um dos muitos poemas de Vinicius de Moraes:
Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes
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