Amigos, fiquei muito inspirada enquanto escavava as minas de ouro, pedras preciosas e os tesouros da Palavra para postar diferentes textos antigos para vocês e encontrei verdadeiras jóias. Alguns de vocês me disseram que têm copiado textos para repassar para outros, o que me deixa muito feliz. Ver a mensagem sendo divulgada é o meu maior desejo, então fiquem à vontade para passar para quantas pessoas quizerem. Espalhem o ouro!
A postagem de hoje é outro clássico de David Berg sobre Don Quixote de La Mancha, e um filme inspirado no Livro de Cervantes que foi um marco na década de 70, com Peter O'toole e Sophia Loren "O Homen de La Mancha". Um clássico do cinema que vale a pena assistir.
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"Don Quixote de La Mancha", o engraçado herói e paladino louco, é um personagem caricaturado, uma mistura de humor e drama. Esse cavaleiro que não se encaixava na época em que vivia, era um aventureiro tão louco que pensava ainda estar vivendo nos tempos dos antigos cavaleiros. Andava galantemente no seu pangaré, com uma armadura improvisada e uma panela como capacete, seguido fielmente por Sancho Pança, seu "escudeiro" gordo e resmungão, montado no seu engraçado burrinho. Sancho se preocupava muito com a segurança de seu estranho amo durante suas ridículas proezas, como, por exemplo, desafiar à luta um moinho de vento - que considerava gigantes - e salvar lindas donzelas que ele julgava estarem em dificuldades, enquanto residia em uma velha hospedaria que imaginava ser um castelo!
Na verdade, ele era uma pessoa muito nobre, bondosa e bem intencionada, embora um tanto desencaminhada na sua demência e mania de grandeza. Mas, num certo sentido, este personagem fictício representava a vida pitoresca do autor, Cervantes, um jovem espanhol idealista que não parava em emprego nenhum, vivia em constantes dificuldades e ia de mal a pior em sua vida financeira, conjugal e militar. Ele tinha uma casa cheia de mulheres para sustentar: suas irmãs, sobrinhas, esposa, amante e filha. Cervantes foi preso muitas vezes por causa de suas dívidas e escreveu "Don Quixote" na prisão, em 1603, aos 53 anos de idade. Não recebeu quase nada pelo livro e morreu na miséria e praticamente em desonra!
Contudo, Cervantes deve ter sido um "santo maculado", pois durante os cinco anos que passou como escravo na Algéria, o governante de Argel afirmou nunca ter tido uma vida tão abençoada. Segundo ele, seus navios e cidades estiveram em segurança enquanto Cervantes esteve com ele! Por causa de um duelo de honra considerado ilegal, ele também passou anos de exílio em Roma, trabalhando como secretário de um dos cardeais do Papa. Ele era considerado um católico devoto e fiel, embora discordasse muitas vezes do sistema da época! - Muito parecido com Don Quixote, o personagem que ele criou!
O livro hoje é considerado o primeiro e o mais importante romance moderno, tendo sido traduzido em mais idiomas do que qualquer outro livro exceto a Bíblia! Na verdade, a primeira tradução em inglês foi publicada em 1612, apenas um ano depois da mundialmente famosa versão King James da Bíblia, em 1611! Tendo como palco a Espanha, pátria de Cervantes, muito tempo depois que as cruzadas já tinham terminado, Don Quixote revive o espírito das cruzadas, buscando um sentido e uma razão para a vida, a natureza e realidade da verdade, a relatividade da razão, dos valores e a base do caráter. Revela uma busca constante do sentido mais profundo, além das aparências e experiências, e pela compreensão da fragilidade humana.
Don Quixote até inspirou filmes recentes como, o "Homem de La Mancha" e "As Aventuras de Don Quixote". Enquanto terminávamos de assistir a este último, na televisão, algo que chamou nossa atenção foi a sua semelhança conosco e a reação de seus seguidores quando, no leito de morte, ele “recobrou o juízo”. Uma jovenzinha, como uma de vocês, perguntou-lhe tristemente, "Mas como é que você podia estar louco se era tão maravilhoso, tão bom e tão poético?" Ao que ele languidamente respondeu: "Acho que loucura com sabedoria é melhor que sanidade e insensatez!" E nós subitamente recebemos uma confirmação do Espírito com os primeiros versos do seguinte poema, e o resto veio por inspiração durante a noite. (abaixo estão alguns versos da tradução do poema de David Berg)
Vivia num mundo de fantasia,
Onde todos eram loucos menos ele.
Num mundo de loucura ele vivia
Onde a liberdade era só dele!
Vivia num mundo de loucura,
Onde ele era o único são.
Deu-lhes alegria e ternura
Mas eles partiram o seu coração!
Vivia num mundo de loucura
Onde sabedoria só com ele se encontrava.
Eles viviam num mundo de amargura
E de insensatez dissimulada!
Onde ser feliz é ser louco,
A sabedoria existe disfarçada.
Não quero ser são nem um pouco,
Se sanidade é andar triste!
Ah, dê-me um mundo de loucura,
Se loucura é ser feliz!
Eu prefiro ser uma louca criatura
Do que ajuizado e infeliz.
(Vejam um clipe do filme, Homen de La Mancha)
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