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Atualmente há uma supervalorização daquilo que só olhos podem ver, há mais importância no “ter” do que no “ser”. Vivemos em uma sociedade que cultiva valores cada vez mais vazios, de Acordo com pesquisas realizadas em uma campanha da Dove *, apena 2% da população feminina mundial se acha bonita, e 13% das mulheres entrevistadas trocariam 25% de inteligência por 25% de beleza, vivemos em um terrorismo estético, no qual 20% das mulheres anoréxicas morrem. Jovens lindas sofrem por não serem inclusas em padrões estéticos que são impostos de maneira ditatorial pela mídia, publicidade e cultura, junto a isso a maioria das mulheres perdem sua identidade e felicidade por se sentirem fora deste “padrão”, infelizmente sem questionarem tal imposição. De que vale ter um sorriso esteticamente lindo e esconder uma profunda tristeza? Ou escravizar-se no uso de remédios para redução de peso, achando que a magreza trará a satisfação que tanto se anseia? Será que essa busca incessante significa sempre saúde e bem-estar ou se dá apenas pela necessidade de alcançar o padrão estabelecido? Tais indagações faz-nos pensar sobre a necessidade de entender o que realmente é a beleza. Pessoas que não se sentem bonitas, preocupam-se demasiadamente com a imagem, com isso não se doam aos outros, estão embrulhadas num pacote muito pequeno, si mesmaso. É sabido que todos nos temos sede de aceitação, de sermos importantes para alguém, sermos atraentes e inclusos em algum grupo, mas achar que a beleza é a base fundamental para isso é muita pobreza de espírito. Vivemos na era de negarmos quem realmente somos e sermos o que se espera de nós e infelizmente o que norteia esse “modo” de pensar é a convenção ditada pela sociedade, que estabelece assim o que é bonito ou feio. Uma pessoa não é só uma “casca”, ela é um conjunto de valores que a define como uma criação exclusiva. A verdadeira beleza é algo que começa dentro de nós, na aceitação de quem realmente somos, de permitir nos vencer nossos limites e irmos além do que esperamos de nós mesmos. Beleza é a luz que emana de nós quando estamos felizes e permitimos que outros se contagiem com a mesma felicidade. Escravizar-se por um padrão inatingível de beleza faz a verdadeira beleza distanciar-se de nós. A aparência é passageira, e o tempo é indissociável a vida, rugas aparecerão, nosso corpo mudará, mas somente a essência que regamos dentro de nós permanecerá. Contudo, vale ressaltar que nada disso impede de nos cuidarmos, de termos bons hábitos de saúde e qualidade de vida física, pois vivemos em uma guerra paralela, na qual o corpo e o espírito devem encontrar harmonia. Ao encontrarmos esse equilíbrio podemos ter dentro nós o parâmetro sadio entre cuidar-se e saber que a felicidade não se encontra necessariamente nisto, alimentando assim nossa auto – estima. Em contra partida, a baixa estima distorce a visão de quem realmente somos, faz-nos perder tempo demais em nós mesmos, e deixamos de lado o que é mais importante fazer, mudarmos o mundo. Todavia, o mundo só pode ser mudado a partir do momento que “você” como individuo mudar meus conceitos para assim transformar o meio ao seu redor. Você pode ser bela se tal crença partir primeiramente de si. A bíblia é clássica ao nos dizer que: “o coração alegre aformoseia o rosto” (Prv. 15:13). Não há beleza sem um coração resolvido, por isso necessitamos mudar nossos conceitos, pois mais necessário do que ser ou estar bonita é sentir–se bonita, na segurança que somos peças únicas feitas pelo grande criador: Deus. Você quer ser bonita? Experimente adotar as perspectivas Dele sobre você, vista um sorriso sincero e seja feliz!. Ninguém resiste a alguém que se doa e ama os outros despreocupadamente. O que nos aprisiona não é a feiúra, mas a pequenez do nosso entendimento do que é beleza.
Mariele Rodrigues
Cortesia "Reaja"
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